As toalhas de papel são um escape fabuloso, o tempo de um jantar, ao todo 40 minutos... começa de um nada. Por vezes, até de uma mancha. E então, o espírito vagueia, sem pensar muito.
Pequeno exercício de estilo, ou melhor, pequeno delírio. No restaurante que me serve de cantina, à noite, para cortar a minha noite de trabalho, e sair do meu atelier.
Momento privilegiado onde reencontro todo aquele mundinho de pessoas simpáticas.
Essas toalhas de papel (60 x 60 cm) são um verdadeiro tesouro.
O tempo para imaginar, entre dois pratos, um universo.
Depende daquilo que passa pela cabeça.
Quando manchas sobre a toalha marcaram a refeição, tento incluí-las. Acontece-me até de brincar com um risco e de o metamorfosear.
O que mais me agrada é a reação das pessoas no restaurante do bairro onde vou com frequência e em que cada um profere o seu palpite..
Nunca agradecerei o suficiente ao restaurante "Chacalik", em Lisboa, mais particularmente a Carlos Soares que me punha essas toalhas à disposição e que suportava os meus delírios!
Esta série será objeto de uma exposição ulterior. E, nessa ocasião, escolherei algumas que realçarei a cor.
DK